
Enquanto interlocutores do Supremo Tribunal Federal (STF) apontaram divergências nos depoimentos prestados à Polícia Federal, a defesa de Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), afirmou que não houve contradições formais entre as versões apresentadas na acareação realizada no âmbito da investigação sobre o Banco Master.
Em nota, os advogados de Costa sustentam que os depoimentos dele e do controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, expressaram apenas “percepções distintas sobre os mesmos fatos". Segundo a defesa, a acareação foi breve e teve como objetivo esclarecer essas diferenças, sem a identificação de inconsistências objetivas nos relatos.
De acordo com a nota, Paulo Henrique Costa foi ouvido por mais de duas horas, respondeu aos questionamentos da Polícia Federal e reiterou que sua atuação à frente do BRB ocorreu no âmbito de decisões técnicas, colegiadas e formalmente registradas. A defesa afirma que foram indicados documentos e registros que, na avaliação dos advogados, demonstram a regularidade de sua conduta.
O caso é conduzido no STF sob relatoria do ministro Dias Toffoli e tramita sob sigilo. A investigação apura suspeitas de fraudes financeiras bilionárias relacionadas à tentativa de venda do Banco Master ao BRB, operação vetada pelo Banco Central em setembro.
Caso as contradições sejam confirmadas, a Polícia Federal poderá promover um confronto direto entre os três para esclarecer pontos sensíveis da investigação.
Até o momento, nem o STF nem a Polícia Federal divulgaram detalhes oficiais sobre o conteúdo da acareação ou sobre eventuais desdobramentos do procedimento. A investigação segue em curso.
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