Entrevista |ENOQUE VENÂNCIO | Presidente do Sinpol/DF

"Com o reajuste, não entraríamos nem no G4", afirma presidente da Sinpol

Enoque Venâncio, presidente do Sinpol/DF, comentou sobre negociações de reajuste salarial para a Polícia Civil do Distrito Federal em entrevista ao CB. Poder

 08/09/2025 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF - Enoque Venâncio, presidente do Sinpol/DF, é o entrevistado do CB.Poder de hoje -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
08/09/2025 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF - Enoque Venâncio, presidente do Sinpol/DF, é o entrevistado do CB.Poder de hoje - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Por Laíza Ribeiro*—O presidente do Sinpol/DF, Enoque Venâncio, comentou sobre o reajuste dos policiais civis do Distrito Federal durante o CB.Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília — desta segunda-feira (8/9). Às jornalistas Ana Maria Campos e Mariana Niederauer, ele também comentou sobre a convocação de novos policiais.

Venâncio destacou que a Polícia Civil do DF não está mais entre as mais bem pagas do país. “Falando da questão dos agentes de polícia, dos escrivães, nós estamos hoje em oitavo lugar no ranking das polícias. Com um reajuste proposto de 24%, nós ainda não entraríamos nem no G4, ficaríamos ali em quinto lugar. Os delegados e os peritos criminais são piores. Hoje eles estão em décimo sétimo lugar. O reajuste levaria eles para o meio da tabela. Então, mais uma vez, a gente reafirma: o nosso foco, o nosso parâmetro, ser a Polícia Federal não é almejar ter o maior salário, é ter só a questão da justiça”, disse.

Sobre a proposta do governador Ibaneis Rocha de aumentar o percentual do Fundo Constitucional para a segurança pública, o presidente explicou: “O Fundo Constitucional foi criado para a segurança pública e para subsidiariamente ajudar a saúde e a educação. Com o tempo, foi perdendo espaço, chegando a 44% do fundo para a segurança e 56% para saúde e educação. Então, a gente precisa, até por uma questão legal, restabelecer esses limites. Isso não é tirar dinheiro da educação e da saúde, na verdade é restabelecer.”

Ele também chamou a atenção para as diferenças entre policiais civis e militares. “Dois colegas, um policial civil e um bombeiro militar, foram pescar na Serra da Mesa e morreram afogados. A viúva do policial civil ficou com 60% da pensão, enquanto a viúva do bombeiro militar ficou com 100%. Quando se fala muito em equiparação salarial, a gente tem que ver as diferenças. Existem vários benefícios dados aos policiais militares que não são concedidos aos policiais civis. Não vamos brigar para que policiais ganhem menos, todos merecem, mas precisamos deixar clara essa diferenciação para que não venha um reajuste linear único que prejudique os civis”, pontuou.

Outro ponto comentado foi o déficit de servidores efetivos na Polícia Civil. “O déficit continua muito grande, entre todos os cargos. Hoje nós temos uma dificuldade muito grande no cargo de delegados de polícia. Creio que já deve estar muito próximo de anunciar um edital de contratação de delegados. Temos agora a expectativa de, em novembro, a contratação de 600 policiais civis”, afirmou.


Assista a entrevista completa:

*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel


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postado em 08/09/2025 16:03
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