
A Praça do Relógio recebe neste domingo (21/9) a 18ª Parada LGBTQIA+ de Taguatinga. O evento teve início às 13h com o lema “Orgulho de ser e celebrar todas as diferenças”, e deve atrair uma multidão para um dia de celebração e diversidade. Em cima do trio elétrico, nomes como Valesca Popozuda, Pepita e o grupo Irmãs de Pau prometem embalar o público com apresentações que unem celebração e resistência fazendo a alegria do público que vai festejar e também lutar por mais representatividade e direitos.
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Dentre a multidão estava o salgadeiro Wesley Angel, de 43 anos, morador de Samambaia Sul, com seu figurino especial que chamava atenção e representava sua espiritualidade. Ele conta que optou por se vestir de anjo LGBTQIA+. “Vim assim para representar aquilo em que acredito e reforçar a mensagem de amor e respeito”, concluiu.
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Ele destacou a importância do evento para a visibilidade e fortalecimento da causa. “Sou um dos maiores apoiadores do movimento, até por fazer parte dele. Faço questão de levantar essa bandeira sempre que posso”, afirmou.
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Para Wesley, a presença tanto de pessoas LGBTQIA+ quanto de aliados é essencial. “Acho maravilhoso, porque mostra que eles estão conosco. A cada ano o movimento fica mais forte e ganha mais apoio”, disse.
Junto a ele também estava sua amiga a drag queen e mulher trans Dyanna Beckster, de 25 anos. Estagiária e militante da causa, ela destacou a importância da representatividade drag e da luta por respeito e direitos iguais.
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“Uma parada LGBT sem drag não é a mesma coisa, não tem graça. Vim porque faço drag, mas também porque sou uma mulher trans e luto pela causa. A gente merece mais respeito e mais leis que facilitem nossa vida. Pagamos impostos, trabalhamos como qualquer outra pessoa e, ainda assim, enfrentamos desigualdades”, afirmou.
Dyanna também relatou as diferentes formas de preconceito que vivencia. “Por ser travesti, sinto muito na pele. Já como drag, as pessoas acham divertido, mas ser travesti é uma barra. É matar um leão por dia para tentar vencer”, desabafou.
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Para ela, a Parada LGBTQIA+ é um ato de resistência e amor. “É cultura, é trazer amor para esta cidade, que precisa tanto. O Brasil é o país que mais mata transexuais e travestis, e isso mostra a carência de amor, inclusive, de amor próprio. Quem se ama não mata o outro, não faz mal ao outro”, destacou.
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Moradora da Asa Sul, Dyanna percorreu a cidade para prestigiar o evento e foi bastante requisitada pelo público. “Fui parada várias vezes para tirar foto, achei maravilhoso, confesso que amo essa atenção”, brincou.
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