
Um projeto social do Instituto Proeza promove laboratórios de costura para mulheres que almejam alcançar a realização profissional e pessoal através do empreendedorismo artístico. A sala com cerca de 20 máquinas de costura, localizada no Recanto das Emas (DF), chamou tanta atenção nacional que protagonizará o episódio do Globo Repórter do dia 19 de outubro.
Foi para evidenciar a narrativa das mulheres que tiveram as vidas transformadas nas oficinas que a apresentadora Sandra Annenberg veio à Brasília. Nas redes sociais, a jornalista compartilhou o encontro com a fundadora do Instituto, Katia Ferreira. “Essas mulheres artistas tecem muitas vidas e, principalmente, essas obras”, afirma Sandra, no que Katia responde: “Nossa maior obra de arte aqui é transformar realidades.”
Em 2024, o Correio já havia dado destaque à capacitação feminina do projeto por meio da arte. “Eu sempre quis fazer a diferença”, disse Katia à época explicando o propósito que a levou a fundar o Instituto Proeza. Há mais de duas décadas, ela desenvolve ações no Recanto das Emas e no Riacho Fundo II, apoiando milhares de mulheres no enfrentamento da pobreza e das desigualdades sociais.
O instituto promove o Serviço de Fortalecimento de Vínculos e Igualdade de Gênero por meio de iniciativas comunitárias. Entre elas, destacam-se os cursos gratuitos de bordado e crochê, oferecidos em conjunto com atendimento psicológico sem custos às participantes. Essa combinação, que une o estímulo ao aprendizado de novas habilidades ao cuidado com a saúde mental, tem possibilitado que muitas mulheres deixem situações de vulnerabilidade e alcancem autonomia financeira.
Conforme Katia, mais da metade das 106 mulheres atendidas pelo Instituto Proeza sustentam sozinhas suas famílias. “É nesse grupo que estão aquelas em situação de maior pobreza. Aqui, buscamos ajudá-las a construir um projeto de vida, definir metas e sair da realidade em que se encontram, oferecendo capacitação voltada para o trabalho”, explica. “Atendemos mulheres beneficiárias de programas sociais e as apoiamos para que possam empreender”.
O Proeza mantém parceria com os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), responsáveis por encaminhar mulheres em vulnerabilidade aos cursos e atendimentos do instituto. Entre os projetos, está a formação de um grupo especializado em cenografia de crochê. O trabalho já foi destaque em grandes eventos e exposições internacionais, incluindo galerias da Embratur na França, Itália e Inglaterra. Além disso, o instituto confeccionou revestimentos em crochê para as embaixadas brasileiras em Roma e Londres — um resultado que enche Katia de orgulho.
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