
A trajetória de Anitta até o estrelato internacional foi marcada não apenas por sucessos musicais, mas também por desafios internos intensos. No documentário “Larissa: O Outro Lado de Anitta”, recém-lançado na Netflix, a cantora brasileira revela como sua persona artística se tornou dominante em sua vida, deixando pouco espaço para Larissa de Macedo Machado, seu verdadeiro eu.
Ao longo do filme, Anitta expõe a dificuldade de equilibrar sua identidade pessoal com a imagem pública que construiu. Em um momento de vulnerabilidade, a artista de 31 anos desabafa sobre a exaustão física e mental resultante de sua agenda frenética. “Três shows seguidos, em países diferentes. Estou esgotada. Quero chorar, quero desistir”, confessa em um trecho do documentário.
A tensão entre as duas versões de si mesma fica evidente quando ela relata que, sempre que encontra alguém que a reconhece como Anitta, automaticamente assume a postura da estrela pop. “Isso me ativa, e eu me transformo na personagem. Mas eu não quero ser essa personagem o tempo todo!”, lamenta.
Com o passar dos anos, a cantora percebeu que perdeu o controle sobre essa dualidade. “Antes, eu conseguia escolher quando ativar a Anitta. Agora, é como se não houvesse mais essa escolha. E eu simplesmente não aguento mais”, admite.
Diante desse esgotamento, Anitta decidiu buscar uma reconexão consigo mesma. O documentário mostra sua jornada espiritual ao Nepal, onde ela reflete sobre o custo de sua ascensão meteórica. “Chegar ao topo valeu a pena?”, questiona enquanto percorre paisagens remotas. A experiência serviu como um momento de pausa e reflexão, contrastando com a intensidade de sua carreira.
O filme, descrito como sua obra mais íntima até agora, mergulha em sua dualidade, desafios pessoais e na incessante busca por equilíbrio e felicidade.
Saiba o que Anitta revelou em novo documentário
O documentário “Larissa: O Outro Lado de Anitta”, que promete revelar aspectos pouco conhecidos da vida pessoal da cantora de 31 anos. A produção traz um olhar inédito sobre a trajetória de Larissa de Macedo Machado, o nome por trás da estrela mundialmente conhecida como Anitta.
Em um trecho exclusivo, a artista compartilha emoções profundas sobre sua infância e os desafios enfrentados dentro de casa. Ela relata que, desde pequena, sentia-se invisível e que sua mãe, Miriam Macedo, não aceitava sua personalidade expansiva. “Ela achava que eu tinha que ser menos. Menos espevitada, chamar menos atenção, falar menos, ser menos chamativa, menos extravagante”, revela a cantora, mencionando também as comparações frequentes com seu irmão, Renan. As informações são da Quem.
Com direção de João Wainer e Pedro Cantelmo, e roteiro assinado por Maria Ribeiro, o documentário mergulha na relação entre sua identidade pessoal e o sucesso profissional. “Se não fosse minha carreira, o que eu construí como Anitta, as coisas que conquistei, o impacto que causei, parecia que eu não teria valor nenhum”, desabafa a artista. Ela enfatiza que a sensação de indiferença marcou sua infância, e que seu sucesso foi essencial para que encontrasse reconhecimento e identidade.
A sinopse oficial descreve a produção como uma jornada de autoconhecimento, capturada pelo olhar de um antigo amor de juventude, agora encarregado de revelar ao mundo a verdadeira Larissa. O filme mostra a pressão dos desafios impostos pela fama e como a artista lida com sua dualidade entre o fenômeno Anitta e a pessoa por trás dos holofotes.
Além das confissões pessoais, o documentário também revisita momentos icônicos da carreira da cantora, como os bastidores do Carnaval do Rio de Janeiro, seu reconhecimento em premiações internacionais, o topo das paradas globais com o hit “Envolver”, e sua histórica apresentação no festival Coachella.