
Depois de três turnês internacionais nos últimos oito anos, a banda ARD (After Radioactive Destruction) volta a circular pelo Brasil com “40 anos de resistência”, shows que celebram o aniversário do conjunto formado em 1984, no Gama. O ponto de partida das 14 apresentações, neste sábado (2/8), será São Paulo. Na sequência, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte recebem o grupo brasiliense pioneiro do hardcore punk, que encerra a excursão no Festival Moto Rock, em 24 de agosto, no Distrito Federal.
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Para a turnê, foram escolhidas 25 músicas de todas as fases da banda. Ao longo de quatro décadas, o ARD produziu seis CDs, oito fitas K7, dez coletâneas e dois LPs. Bandeiras como combate a preconceitos, preocupação ambiental e anti belicismo são algumas das temáticas da produção musical do grupo. “Somos sobreviventes dessa destruição radioativa em forma de capitalismo selvagem e políticas desastrosas, mas, ainda assim, temos força para seguir protestando”, afirma o baterista Marcus Guerra.
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Como uma banda punk que há quatro décadas carrega o lema “faça você mesmo”, são recursos próprios que garantem a realização dos shows. O “esforço quase sobrenatural para fechar as datas” e outros problemas logísticos, segundo o vocalista Gilmar Batista, devem ser superados, pois “a arte está acima de tudo isso”. Ele é o único remanescente da formação inicial do ARD e valoriza os vínculos como músicos e produtores de diferentes regiões para viabilizar a turnê: “Contamos com parceiros para tudo”.
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Em 2024, a banda brasiliense percorreu Finlândia, Estônia e Rússia com a turnê Brothers in boots, enquanto com a Transiberiana, em 2018, e a Iced calangos, em 2017, também foi ao Leste Europeu. “Depois de termos interações tão bem sucedidas internacionalmente, esperamos que a cena underground brasileira nos dê reconhecimento”, diz o guitarrista Virgílio Ataíde. A vontade de expandir o público no país e tocar além do “próprio quintal” é um dos motivos pela opção de ir ao Nordeste pela primeira vez. “Levar o nosso som para uma região nova vai ser muito importante”, afirma Gilmar Batista.
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