
Rebeca Jamir aparece nas telonas pela primeira vez, mas já está no mundo das artes há muito tempo. Estreando no cinema com o longa O filho de mil homens, inspirado no livro de Valter Hugo Mãe, a recifense é Isaura, personagem que decide viver com Crisostomo, interpretado por Rodrigo Santoro, e com o órfão Camilo (Miguel Martines). Juntos, formam uma família de três pessoas que superaram diversos traumas.
A história de Rebeca com as artes começa no teatro. Sua primeira peça foi aos 6 anos e, desde então, encantou-se com a experiência de estar no palco. "O teatro me ensinou tudo o que eu sei sobre ser atriz. Me demandou uma grande versatilidade. Eu já fiz tragédias, comédias, dramas, musicais, mas principalmente sempre me ensinou sobre a importância e a beleza da coletividade", compartilha a atriz.
Rebeca Jamir fez testes para o papel de Isaura e, desde o princípio, conectou-se com a personagem. Antes de iniciar as gravações, a atriz leu o livro de Valter Hugo Mãe cinco vezes como parte da preparação. "A gente teve dias muito lindos de filmagem. O Daniel Rezende é um diretor maravilhoso e a gente teve uma equipe toda muito apaixonada pelo projeto", comenta. Rebeca destaca que valoriza muito os processos de uma produção. "Eu acho que existe uma beleza infinita no dia a dia do nosso ofício. Todo esse processo de filmagem tem memórias muito bonitas para mim", ressalta.
Desafio
Apesar de ter se interessado pela personagem desde os testes, Isaura é a personagem mais diferente dela mesma que Rebeca interpretou. "Isso foi muito desafiador, mas ao mesmo tempo incrivelmente atraente,porque eu queria descobrir muito esse lugar tão antagônico a mim mesma", conta. A atriz perdeu oito quilos para interpretar a personagem, buscando passar para as telas o modo como ela é descrita no livro.
Segundo a pernambucana, Isaura tem um estado bastante triste e era necessário habitar esses sentimentos durante os sets de filmagem. "Precisava conhecer esse lugar interno, os acessos a esse estado. Acho que ser atriz tem isso, mergulhar em profundezas para achar elementos que são da personagem, e a gente descobre muito sobre nós mesmos nesse processo", relata.
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Com a estreia do longa nos cinemas e a chegada ao streaming, Rebeca conta que foi a sétima arte que fez com que ela se entregasse à atuação. "É a realização de um sonho. E o cinema tem esse poder de cruzar muitas fronteiras, de chegar a muitas pessoas, acho que historicamente e culturalmente é uma arte importantíssima", destaca. "E eu sou muito fã da cultura brasileira. Acho que a gente vive um momento muito lindo no cinema e no audiovisual em geral e eu me sinto muito honrada de fazer parte", finaliza a atriz.

Diversão e Arte
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