Crise do IOF

IOF: Após vitória no plenário, oposição pressiona por votação do PDL

Após reunião com Hugo Motta nesta terça-feira (17/6), deputados da oposição pedem votação do mérito do PDL do IOF e cobram equilíbrio em comissões e respeito às prerrogativas parlamentares

Deputados da oposição pressionam por votação do mérito do PDL do IOF, após vitória em votação de urgência -  (crédito: Divulgação)
Deputados da oposição pressionam por votação do mérito do PDL do IOF, após vitória em votação de urgência - (crédito: Divulgação)

Após a expressiva aprovação do requerimento de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/2025 — com 346 votos favoráveis e apenas 97 contrários —, a oposição saiu fortalecida na Câmara dos Deputados e agora articula para que o mérito do texto seja votado o quanto antes. O PDL visa sustar os efeitos do Decreto nº 12.466/2025, que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu com lideranças da oposição na manhã desta terça-feira (17/6). Segundo o deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição, o gesto de Motta representa uma abertura importante ao diálogo.

“Foi muito importante o gesto que o presidente Hugo Motta fez para a oposição[…]. Já ficou acordado que ele irá nos receber semanalmente. Isso foi uma conquista fruto do trabalho desses guerreiros aqui (deputados da oposição de outros estados) — e digo guerreiros pelo Brasil”, afirmou Zucco, em entrevista coletiva após o encontro.

Durante a reunião, foi discutida a possibilidade de pautar ainda nesta semana a votação do mérito do PDL, que pode anular de vez o decreto editado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Zucco foi direto ao classificar a política econômica atual como arrecadatória e “sem nenhum tipo de análise de corte de gastos”.

Para o bolsonarista, a votação da urgência foi uma resposta clara do Congresso contra o aumento de impostos. “Não vamos permitir mais nenhum tipo de ação nesse sentido”, reforçou.

CPMI do INSS

Além do IOF, outras pautas também entraram na conversa com Hugo Motta. A oposição cobrou equilíbrio na composição da CPMI do INSS, que deve ser lida ainda hoje, segundo o líder da oposição. Zucco enfatizou que não aceitará uma comissão “chapa branca” dominada por aliados do governo.

“Tem que ter ali deputados e senadores que queiram entender o todo, seja da gestão anterior ou de outros governos, mas que não fiquem fazendo o faz de conta.”

A bancada também voltou a pressionar pelo avanço da pauta da anistia e das prerrogativas parlamentares. Zucco concluiu dizendo que a oposição seguirá cobrando coerência e responsabilidade fiscal do governo.

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postado em 17/06/2025 11:51 / atualizado em 17/06/2025 11:52
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