CPMI DO INSS

Zé Trovão e Dorinaldo Malafaia cobram punições e alertam para novo capítulo da "Farra do INSS"

Deputados afirmam que silêncio de empresário investigado atrapalha apuração e apontam risco de impunidade na CPMI

Empresário Domingos Sávio de Castro é apontado como operador do esquema do escândalo do INSS -  (crédito:  Geraldo Magela/Agência Senado)
Empresário Domingos Sávio de Castro é apontado como operador do esquema do escândalo do INSS - (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)

Durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta segunda-feira (28/10), os deputados Zé Trovão (PL-SC) e Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) endureceram o tom contra o depoente Domingos Sávio de Castro, apontado como operador do esquema do escândalo do INSS. Ambos cobraram respostas sobre as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo descontos ilegais em aposentadorias e benefícios previdenciários.

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Zé Trovão iniciou sua fala destacando a condução dos trabalhos da comissão e lamentando o silêncio do depoente. “Meu pai dizia: quem cala consente. E o silêncio quase nunca é a melhor opção”, afirmou. O deputado bolsonarista relembrou que Domingos já foi condenado e o acusou de “proteger criminosos”. “Hoje o senhor sai daqui com a pecha de quem roubou junto com bandidos e ainda tenta blindá-los. Vocês não roubaram ladrões, roubaram aposentados, pessoas no fim da vida”, disse.

O parlamentar relacionou Domingos ao empresário conhecido como “Careca do INSS”, acusado de comandar o núcleo do esquema. Segundo ele, empresas ligadas aos dois teriam movimentado dezenas de milhões de reais em transferências suspeitas. Zé Trovão sugeriu que a comissão avalie pedir a prisão preventiva do depoente. “É um perigo para a investigação. Um homem com esse histórico não poderia sequer estar nas ruas”, comentou.

Em seguida, o deputado Dorinaldo Malafaia reforçou a gravidade das denúncias e disse que o depoimento revela um novo capítulo no escândalo. “O senhor Domingos não é qualquer pessoa nesse esquema. Ele é a interface do ‘Careca’ e ajudou a nacionalizar o crime”, afirmou. O parlamentar classificou o grupo como uma “gangue bem arrumada” que fraudou clubes de benefícios para aplicar golpes em aposentados de todo o país.

Malafaia defendeu, ainda, que a CPMI tipifique os crimes cometidos e cobre punições exemplares. “Não é possível que isso termine em pizza. Estamos diante de associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade documental. O Brasil não aguenta mais impunidade”, disse. Ele encerrou afirmando que o caso abriu “um novo capítulo da corrupção no país”. “O senhor e o ‘Careca do INSS’ são, sem dúvida, as figuras centrais dessa engrenagem que assaltou o bolso e a dignidade dos aposentados brasileiros”, concluiu.

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postado em 28/10/2025 16:51 / atualizado em 28/10/2025 16:56
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