
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (12/12 pelo recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra três suspeitos de envolvimento na tentativa de ataque à bomba no Aeroporto de Brasília, ocorrido no final de 2022.
A votação ocorre na Primeira Turma da Corte, em plenário virtual, e se a denúncia for aceita pela maioria dos ministros — Flávio Dino (presidente da turma), Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que têm até o dia 19 para depositar seus votos —, os acusados se tornam réus e enfrentarão uma ação penal. Os três acusados são: George Washington de Oliveira; Alan Diego dos Santos; e Wellington Macedo.
A PGR acusa o trio de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado contra a segurança do transporte aéreo. A denúncia afirma que a ação foi arquitetada por um grupo que estava inconformado com o resultado das eleições gerais.
O crime, segundo a acusação, tinha caráter instrumental e visava “desencadear a deposição do governo legitimamente constituído” e impedir o funcionamento dos Poderes Constitucionais. Segundo a procuradoria, o plano foi articulado no entorno do acampamento golpista instalado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, com objetivo de provocar terror e comoção social.
Os três denunciados já foram condenados pela Justiça do Distrito Federal, em duas instâncias, por crimes relacionados ao episódio, como explosão, causar incêndio e posse de arma de fogo sem autorização. O Supremo está analisando os crimes de competência da Justiça Federal. Atualmente, o trio está preso preventivamente por ordem do STF
Relembre
George Washington foi responsável por montar a bomba, utilizando dinamite, controle remoto e quatro acionadores — ele confessou a intenção de explodir o artefato. Na véspera de Natal de 2022, Alan Rodrigues e Wellington Macedo colocaram o explosivo no eixo esquerdo de um caminhão-tanque carregado com querosene de aviação na via de acesso do aeroporto.
Em seguida, Alan fez duas ligações de um orelhão na Asa Norte (bairro da capital) para alertar sobre a bomba, buscando espalhar o temor. O atentado não foi consumado porque o motorista do caminhão percebeu um “objeto estranho” e acionou a Polícia Militar.
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