OPERAÇÃO BLACK WIDOW

Operação prende 10 suspeitos de extorsão virtual com prejuízo de R$ 15 milhões

Grupo, baseado em Montes Claros (MG), teria feito mais de 250 vítimas no DF e causado prejuízo milionário em todo o Brasil

Foram apreendidos celulares, chips de telefônicos, eletrônicos, veículos, armas e documentos -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Foram apreendidos celulares, chips de telefônicos, eletrônicos, veículos, armas e documentos - (crédito: PCDF/Divulgação)

Dez integrantes de uma organização criminosa especializada em extorsões virtuais foram presos, nesta terça-feira (2/9). No total, a organização fez mais de 250 vítimas e teria causado perdas superiores a R$ 15 milhões em diferentes estados, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Piauí.

As investigações, que duraram seis meses, apontaram que o grupo atuava principalmente em Montes Claros (MG) e aplicava golpes em clientes de sites de acompanhantes e de relacionamento. O esquema envolvia coleta de dados pessoais das vítimas por meio de ataques de phishing — onde golpistas se passam por entidades confiáveis para enganar as vítimas e roubar informações confidenciais — e escalada de ameaças.

Inicialmente, os criminosos cobravam valores sob a justificativa de “tempo da acompanhante” e, em seguida, passavam a exigir o chamado “valor da facção”, enviando mensagens com vídeos e áudios de homens armados e mencionando familiares e locais frequentados pelas vítimas. Segundo a Polícia Civil (PCDF), só no Distrito Federal foram registradas cerca de 250 vítimas nos últimos cinco anos, seis delas em Brazlândia, com prejuízo estimado em R$ 1 milhão. Em 2025, o grupo já havia feito 80 vítimas no DF e arrecadado R$ 300 mil. 

O cumprimento de dez mandados de prisão temporária e dez de busca e apreensão permitiu a captura dos principais alvos, que ocupavam funções de liderança, logística e suporte financeiro. Durante a operação, foram apreendidos celulares, eletrônicos, veículos, armas e documentos que devem ajudar a comprovar a movimentação financeira ilícita e possíveis crimes de lavagem de dinheiro. Veja:

 

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A ação, batizada de Operação Black Widow, foi conduzida pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) em conjunto com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE/MG), reunindo 79 agentes. O nome da operação faz referência à aranha viúva-negra e simboliza o método usado pelo grupo: atrair a vítima e, em seguida, atacá-la por meio de extorsões. 

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postado em 02/09/2025 09:27 / atualizado em 02/09/2025 09:27
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