
Um ataque de abelhas, na Sociedade Hípica de Brasília, causou a morte de um cavalo e ferimentos em pelo menos um funcionário do local. O Correio apurou que o incidente ocorreu quando um trabalhador de um serviço de limpeza em área pública capinava um terreno aos fundos do clube esportivo e próximo a piquetes onde os animais ficam soltos. Durante o serviço, ele atingiu acidentalmente um enxame migratório, o que provocou o ataque ao funcionário da hípica e ao cavalo.
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De acordo com relatos de pessoas que estavam no local, dois cavalos estavam no espaço no momento do incidente, que aconteceu na tarde de quinta-feira (23/10). Um deles, chamado Elanta, foi atingido por centenas de picadas e não resistiu. O outro animal foi resgatado a tempo e sobreviveu. Dois tratadores que tentaram conter o enxame também foram atacados. Um deles, identificado apenas como Chicão, foi levado ao hospital e posteriormente liberado.
O Corpo de Bombeiros (CBMDF) foi acionado para atender à ocorrência de captura de insetos às 14h08. Em nota, a corporação informou que não foi possível retirar as abelhas, pois a colmeia não foi localizada, possivelmente por se tratar de um enxame à procura de um lugar para fazer a colmeia. Os bombeiros orientaram os responsáveis pelo estabelecimento a entrarem em contato com um apicultor, uma vez que o extermínio de abelhas só é realizado pela corporação em locais de risco à população, como escolas e hospitais.
De acordo com informações apuradas, o clube realizou buscas nas imediações, mas não foram encontradas mais abelhas. A redação tentou contato com a Sociedade Hípica de Brasília, porém não obteve retorno até esta publicação. O espaço permanece aberto.
Cuidados
Segundo o apicultor José Serafim, em caso de ataque de abelhas, a orientação é se afastar imediatamente da colmeia e procurar abrigo. "A pessoa deve correr e se proteger, pedir abrigo a alguém, se trancar dentro do carro, de casa, ou entrar na água se estiver próxima", explica.
Ele ressalta que esses insetos agem em grupo e podem permanecer agressivos por horas. "O ataque da abelha é muito difícil de se defender. Se ficar próximo da colmeia, a situação piora". Visando amenizar a situação, o ideal é ligar para o Corpo de Bombeiros o quanto antes, para que acabem com a colmeia rápido, para amenizar a situação, orienta Serafim.
O Corpo de Bombeiros tem recebido diversos chamados para a retirada de enxames de abelhas que entram em apartamentos, especialmente nas varandas. Há pouco mais de um mês, um dos blocos da 214 Norte, próximo ao Parque Olhos D'Água, foi tomado por abelhas que se concentraram em dois andares do prédio.
Esse tipo de ocorrência é comum nesta época do ano. Na maioria dos casos, trata-se de abelhas migratórias, que fazem breves paradas para descanso antes de seguir viagem até encontrar o local ideal para formar uma colmeia.
Com o aumento do aparecimento de abelhas nesta época do ano, o Corpo de Bombeiros ressalta algumas orientações para a população. A recomendação principal é não se aproximar nem tentar remover os insetos por conta própria. Veja as orientações:
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Evite se aproximar de colméias, especialmente em árvores, muros, postes ou buracos no chão.
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Ao encontrar um enxame, afaste-se lentamente e em silêncio.
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Caso identifique um enxame, mantenha portas e janelas fechadas.
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Em caso de ataque, procure abrigo em local fechado, como dentro de casa ou de um veículo.
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Se a casa tiver animais, solte-os de canis, baias ou cercados menores.
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Não atire objetos nem tente queimar ou molhar colméias.
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Não tente eliminar as abelhas com fogo, água, fumaça ou inseticidas caseiros.
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Em caso de picadas, retire os ferrões raspando com uma lâmina ou cartão (sem apertar), lave a área com água e sabão e aplique compressa fria.
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Em caso de dor intensa ou inchaço anormal, procure socorro médico.
O Corpo de Bombeiros reforça que pessoas com alergias, comorbidades, crianças, idosos ou vítimas de múltiplas picadas devem ser levadas imediatamente ao hospital.
Em casos de emergência, o contato deve ser feito pelo telefone 193.
Ocorrências
Entre janeiro e outubro deste ano, 3.903 ocorrências relacionadas à captura de insetos, que incluem abelhas, vespas e marimbondos foram registradas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).
Os meses de maior número de chamados foram janeiro (661), fevereiro (643) e março (695), justamente no período de verão. A partir de maio, o número de ocorrências começou a cair, chegando a 129 em junho e voltando a subir com a chegada da primavera: 207 em setembro e 250 até 27 de outubro.
Saiba Mais
*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso
Davi Cruz*
EstagiárioEntusiasta do mundo do entretenimento: música, filmes e séries. Escreve para Diversão e Arte e Divirta-se Mais

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