
Durante a missa de sétimo dia de Preta Gil, realizada na Paróquia Santa Mônica, no Leblon, Gilberto Gil falou pela primeira vez publicamente sobre a morte da filha. Ao lado da esposa, Flora Gil, e do neto Francisco, o artista fez um discurso tocante sobre a dor da perda e ressaltou a importância do legado afetivo e cultural deixado por Preta.
“A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos”, disse Gil, emocionado. Gil reconheceu o sofrimento enfrentado por Preta nos dois anos de tratamento contra o câncer, diagnosticado em 2023. “A ficha foi caindo aos poucos, para ela e para nós. O que mais pesa é saber que ela sofreu muito”, desabafou.
Apesar da dor, ele acredita que a batalha da filha foi uma forma de preparo, tanto para ela quanto para a família. “Esse processo ajudou na adaptação, no entendimento da despedida”, completou.
Saiba Mais
O cantor também falou sobre o papel de Preta como símbolo de resistência e afeto. Segundo ele, o amor demonstrado pelo público é reflexo do impacto que a cantora teve na vida de tantas pessoas. “O povo inteiro nutriu por ela um afeto muito grande. A lembrança dela vai ficar permanentemente conosco”, destacou Gil.
Gil ainda refletiu sobre como o mundo tem enfrentado uma escassez de afeto e como a memória da filha pode servir como um alento. “Vivemos um tempo em que o amor está represado, controlado. O que Preta nos deixou é um contraponto a isso”, afirmou.
Para ele, a forma como a filha viveu e partiu deixa um convite: “Que a gente se permita sentir mais, amar mais, demonstrar mais.” Preta Gil morreu aos 50 anos, no último domingo (20/7), após enfrentar um câncer agressivo. Ela deixa um filho, Francisco Gil, e uma neta, Sol de Maria.
Saiba Mais
Mariana Morais
Mariana Morais
Mariana Morais
Mariana Morais
Mariana Morais
Mariana Morais
Mariana Morais
Mariana Morais