TRUE CRIME

Assassinato de Eloá volta aos holofotes com ‘Tremembé’ e documentário da Netflix

Mais de 15 anos após o crime, série da Prime Video e ‘Caso Eloá – Refém ao Vivo’ reabrem o debate sobre a cobertura midiática e a violência contra mulheres no Brasil

Mais de 15 anos após o crime que paralisou o país e a imprensa, o assassinato de Eloá Pimentel, morta aos 15 anos após ser feita refém pelo ex-namorado Lindemberg Alves, volta a ganhar destaque. Duas produções audiovisuais retomam a tragédia sob olhares distintos — uma ficcional e outra documental — reacendendo o debate sobre a cobertura midiática e a violência contra mulheres.

Na série Tremembé, do Prime Video, Lindemberg aparece como um dos criminosos notórios retratados na penitenciária que dá nome à produção. Inspirada em livros do jornalista Ulisses Campbell e dirigida por Vera Egito, a trama traz o personagem vivido pelo ator Edu Rosa em uma breve participação, que surge pela primeira vez no terceiro episódio.

Enquanto isso, a Netflix se prepara para lançar, em 12 de novembro, o documentário Caso Eloá – Refém ao Vivo, que promete revisitar o episódio com profundidade inédita. Dirigido por Cris Ghattas, o filme reúne depoimentos exclusivos do irmão de Eloá, Douglas Pimentel, e da amiga Grazieli Oliveira, que pela primeira vez relatam publicamente o trauma vivido.

O sequestro ocorrido em outubro de 2008, em Santo André (SP), foi transmitido em tempo real por emissoras de TV e acompanhado por milhões de brasileiros durante quatro dias. As negociações com a polícia, o desfecho trágico e até a participação de apresentadores de programas populares, como Sonia Abrão, marcaram profundamente a memória coletiva.

Após 100 horas de cárcere, Lindemberg, na época com 22 anos, atirou duas vezes contra Eloá, que foi diagnosticada com morte cerebral. O episódio se tornou um símbolo nacional da violência de gênero e da exposição midiática de crimes dessa natureza.

O documentário da Netflix também apresenta trechos inéditos do diário pessoal de Eloá, além de entrevistas com jornalistas, investigadores e autoridades que acompanharam o caso. Com roteiro de Tainá Muhringer e Ricky Hiraoka, e produção executiva de Carol Amorim, Fabi Vanelli e Laura Boorhem, pela Paris Entretenimento, a obra busca lançar um novo olhar sobre uma das histórias mais impactantes do noticiário brasileiro.

 

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