É HORA DO TCHAU

A hora de se retirar de um relacionamento


Saber o momento certo de se afastar de uma amizade, um relacionamento amoroso ou até de familiares é uma das decisões mais difíceis da vida afetiva. Especialistas explicaram ao Correio mais detalhes sobre esse momento de separação

Por Amanda S. Feitoza, Bianca Lucca
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Reconhecer a hora de se afastar de alguém é uma das decisões mais difíceis da vida. O medo da solidão, o apego ou a esperança de mudança podem nos manter em vínculos que já não fazem bem

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Troca justa

Uma amizade saudável é construída sobre apoio, afeto e reciprocidade. Quando a relação começa a gerar mais cansaço do que alegria, é sinal de que o equilíbrio foi perdido. A psicóloga Laynara Mesquita explica: 'Se a relação começa a trazer mais desgaste do que carinho, esse já é um sinal de que talvez seja hora de encerrar o ciclo'

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Sinais de desgaste

Frustração, esgotamento e sensação de não poder ser você mesma diante do outro são sinais de alerta. Segundo a psicóloga Laynara Mesquita: 'Esses incômodos mostram que algo já não está saudável na troca'

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Respeito e liberdade

Amigos verdadeiros respeitam seus espaços e silenciam junto de você sem gerar incômodo. Quando o silêncio passa a ser desconfortável ou a relação exige presença constante para não ruir, é sinal de desequilíbrio

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Impacto emocional

Amizades que adoecem o emocional acabam refletindo no corpo e na mente. Ansiedade, insegurança e tristeza podem surgir de relações sem cuidado

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Transformando a dor em aprendizado

O fim de uma amizade pode gerar frustração e raiva no outro, mas isso é parte do luto. Segundo a psicóloga Laynara Mesquita: 'Todo fim é também um convite ao autoconhecimento. Perguntar-se: ‘o que essa amizade me ensinou sobre mim e meus limites?’ já transforma a dor em aprendizado'

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Laços de família

Afastar-se de familiares é delicado, pois envolve sangue, expectativas sociais e emocionais. Nem todos os vínculos garantem cuidado; às vezes, convivências familiares podem ferir mais do que acolher

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Padrões repetidos

Conflitos pontuais fazem parte de qualquer família, mas repetição de críticas, desrespeito ou manipulação é um sinal de alerta. A psicóloga Juliana Gebrim explica: 'O distanciamento definitivo se diferencia pela repetição de padrões de desrespeito e falta de abertura à mudança'

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Efeito sobre você

Se a presença de um pai, mãe ou outro parente gera medo, inferioridade ou afeta diretamente sua autoestima, é hora de refletir. Para a psicóloga Juliana Gebrim: 'Se a presença do nosso pai, mãe ou filho gera medo ou sensação de inferioridade, é hora de repensar essa relação'

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Separar obrigação da vontade

A ideia de 'família perfeita' pode aprisionar em relações dolorosas. Estar junto por obrigação ou medo do julgamento social não constrói vínculos saudáveis

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Distanciamento seguro

Em alguns casos, o afastamento silencioso pode ser a forma mais segura de manter o equilíbrio emocional. Cada membro da família reagirá de forma diferente, e isso não deve impedir que você se proteja

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Redes de apoio

Ao se afastar, busque apoio em amizades sólidas, grupos de confiança e novas conexões. Relações escolhidas com consciência podem ser tão significativas quanto as herdadas pela família

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Relacionamentos amorosos

Grosseria, desrespeito ou atitudes intencionais ferem o vínculo e não devem ser ignorados. A psicóloga Rafaela Velozo alerta: 'No desentendimento passageiro os sentimentos negativos costumam ser breves, mas em crises mais profundas o diálogo é difícil e os impactos são maiores'

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Crise vs. toxicidade

Desentendimentos fazem parte de qualquer relação, mas se os conflitos são permanentes e corroem o vínculo, algo mais tóxico está em jogo

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O perigo do desrespeito

Falta de respeito e cuidado cria espaço para relações de controle e posse. Como explica a psicóloga Rafaela Velozo: 'Se não há respeito, começa a falta de cuidado, e consequentemente não se constrói amor, apenas uma relação de posse e controle do outro'

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Luto e aceitação

O término é também um luto. Aceitar a dor é parte essencial para ressignificar experiências e seguir em frente com equilíbrio

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Autoconhecimento e futuro

Encerrar um vínculo amoroso exige olhar para dentro e diferenciar o que vem do outro e o que é seu. A psicóloga Rafaela Velozo reforça: 'O autoconhecimento faz-se necessário na hora de divergir o que vem do outro e o que é intrínseco a si. A falta dele impede até a evolução pessoal'

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