
A médica endocrinologista Thais Lauand explicou, durante participação no programa CB.Saúde — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quinta-feira (16/1), qual seria o propósito de um projeto de lei vetado pelo presidente Lula que equipararia portadores de diabetes tipo 1 a pessoas com deficiências físicas. Às jornalistas Carmen Souza e Mila Ferreira, ela listou os impactos positivos que essa decisão poderia ter para os afetados pela doença.
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Thais afirmou que a diabetes tipo 1 traz diversas limitações para o dia a dia da pessoa que vive com a doença. “Ela precisa pensar em absolutamente tudo o que vai comer, a quantidade de insulina que vai aplicar, se, naquele momento, está com alguma doença ou com TPM. Se ela decide fazer uma atividade física em cima da hora, pode ter uma hipoglicemia. Então, precisa de um planejamento de 45 minutos antes. Dependendo do horário do dia, isso pode interferir na glicose da pessoa”, explica a médica.
A endocrinologista alertou que a falta desses cuidados pode gerar dificuldade para manter o controle glicêmico, e isso traz para a pessoa consequências a longo prazo. Segundo ela, pesquisas recentes descobriram que pessoas afetadas pela diabetes tipo 1 podem perder de oito a 10 anos de expectativa de vida, além de ter 30 anos a menos em condições saudáveis, quando tem um diagnóstico ainda na infância.
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“A lei impactaria de forma positiva. Existem diversos pontos da legislação da pessoa com deficiência que trariam uma forma de compensação para essa pessoa por todas as dificuldades que ela tem durante a vida. Por exemplo, haveria uma facilidade em relação ao acesso para concursos e melhores condições de trabalho, visto que muitas vezes é difícil encontrar um emprego que entenda as necessidades do diabético”, afirmou a médica.
* Estagiário sob supervisão de Eduardo Pinho
Veja a íntegra da entrevista: