MEMÓRIA

Movimento Maria Cláudia pela Paz leva programação diversa ao parque da 112/113 Sul

Maria Cláudia foi assassinada em 2004, aos 19 anos

Cristina aprendeu, com os anos, a ressignificar o luto -  (crédito: Eduardo Fernandes/ CB/ DA PRESS)
Cristina aprendeu, com os anos, a ressignificar o luto - (crédito: Eduardo Fernandes/ CB/ DA PRESS)

O Movimento Maria Cláudia Pela Paz realizou uma série de atividades no Parque que leva o nome da jovem, na 112/113 Sul, ontem. Em uma manhã regada de harmonia, amigos e familiares marcaram presença nesse encontro para lá de especial. 

Para Cristina Del'Isola, 66 anos, mãe de Maria Cláudia, assassinada em 2004, aos 19 anos, momentos como esse são necessários, especialmente para celebrar a memória da filha. "Estarmos aqui, reunidos, com pessoas tão queridas e até mesmo desconhecidos, é fundamental para seguirmos em frente. Nesse espaço, nos preocupamos tanto com a saúde física quanto mental de todos", completa.

Trabalhar tais emoções é um pilar do movimento e, mais do que isso, dos valores que sustentam o projeto e a vida de Cristina. Ressignificar a dor é o principal ponto para ela, que também ajuda mulheres vítimas de violência, fazendo por esse público em nome das boas lembranças que teve com a filha. "Nessa manhã, tivemos muitas programações. Dança, acolhimento e até animais para aqueles que gostariam de adotar. Nos preocupamos com tudo", finaliza. 

Maria Cláudia Medeiros, 56, era aluna de Marco Antônio Del'Isola, no Colégio Marista. Com ele, costumava brincar que o nome da filha dele tinha sido em homenagem a ela, já que ambas são xarás. "Quando Maria Del'Isola nasceu, ele era meu professor. Brincava dizendo que o nome veio porque a melhor aluna da sala, certamente, era eu", relembra. Presente ao encontro, se diz feliz por poder celebrar reuniões iguais a essa.

Mais do que isso, recorda das qualidades de Marco e da boa relação que sempre tiveram. "Quando a Maria Cláudia morreu, todos ficamos tristes, sobretudo pela história escabrosa do assassinato. Por isso, nos mantivemos nesse movimento, que é um show de amor e acolhimento. Aqui, mantemos as pessoas unidas, auxiliamos mães grávidas, solo e mulheres vulneráveis. O mal que aconteceu a ela virou uma corrente do bem para seguirmos adiante", acrescenta. 

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  • Cristina Del'Isola ressignificou o luto pela perda da filha, assassinada em 2004, aos 19 anos
    Cristina aprendeu, com os anos, a ressignificar o luto Foto: Eduardo Fernandes/ CB/ DA PRESS
  • Na manhã deste domingo (24), o movimento realizou uma série de atividades
    Na manhã deste domingo (24), o movimento realizou uma série de atividades Foto: Eduardo Fernandes/ CB/ DA PRESS
  • Maria Cláudia está sempre presentes nos encontros do movimento
    Maria Cláudia está sempre presentes nos encontros do movimento Foto: Eduardo Fernandes/ CB/ DA PRESS
  • Rafael se recorda com carinho do diretor Marco Antônio
    Rafael se recorda com carinho do diretor Marco Antônio Foto: Eduardo Fernandes/ CB/ DA PRESS
  • Maria Cláudia Del’Isola
    Maria Cláudia Del’Isola Foto: Arquivo pessoal
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postado em 25/08/2025 00:01 / atualizado em 25/08/2025 11:39
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