
De 8 a 12 de setembro, o Auditório Chicão, no Centro Educacional São Francisco, em São Sebastião, recebe o espetáculo Mesmo só, por todas, adaptação dramatúrgica assinada por Cristiane Sobral a partir da obra da escritora Roseane Braga. A montagem reúne teatro, música e debate para provocar reflexões sobre a realidade de mulheres negras e periféricas do DF, articulando arte e conscientização social.
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A peça apresenta dois monólogos entrelaçados, inspirados em narrativas do livro Mesmo só, por todas, publicado em 2011. Os papéis principais são interpretados pelas atrizes Gabriela Correia e Fernanda Jacob, sob a direção de Guilherme Carvalho e Ellen Oléria. A trilha sonora, composta por Victor Abrão a partir dos poemas da obra, é executada ao vivo, ampliando a atmosfera sensível e intimista do espetáculo.
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Com apresentações programadas em dois turnos, a proposta prevê ainda rodas de conversa mediadas ao fim de cada exibição. Os debates contarão com a presença de especialistas em direitos humanos, com o objetivo de situar o público sobre os canais de proteção e as políticas voltadas às mulheres em situação de violência.
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Segundo os organizadores, a montagem parte da experiência cotidiana de mulheres negras e periféricas para tratar de temas universais, como a desigualdade social, o racismo estrutural e o sexismo, questões intensificadas durante a pandemia de Ccvid-19. Ao relacionar arte e realidade, a obra busca gerar identificação imediata com a plateia, estimulando o sentimento de pertencimento, a valorização cultural do território e o empoderamento coletivo.
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Construído a partir de técnicas do Teatro do Oprimido, idealizado por Augusto Boal, o trabalho propõe uma estética que transforma memórias e vivências em linguagem cênica. O processo envolveu não apenas ensaios com as atrizes, mas também diálogos com as equipes de cenografia, luz e música, resultando em um espetáculo que entrelaça experiência estética e impacto social.
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O projeto foi realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) em 2023 e, em sua fase inicial, já havia conquistado público expressivo em São Sebastião e no Paranoá, com sessões lotadas e forte adesão da comunidade. Desta vez, o foco recai especialmente sobre estudantes e professores do CED Chicão, além de público externo formado por pessoas com deficiência.
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel
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