O lançamento de Monstro: A História de Ed Gein repetiu o fenômeno das temporadas anteriores da antologia criada por Ryan Murphy e Ian Brennan — enorme sucesso de público, mas também alvo de controvérsias. Desde que chegou à Netflix, na sexta (3/10), a produção ocupa o topo do ranking das séries mais assistidas, enquanto críticos e espectadores discutem se a abordagem adotada beira o sensacionalismo.
Intérprete de Ed Gein, Charlie Hunnam foi direto ao responder às críticas em entrevista ao The Hollywood Reporter. Para o ator, a série não busca explorar o horror, mas compreender as origens do comportamento do assassino. Ele ainda lançou uma provocação: “O monstro é Ed Gein, que foi abusado e deixado no isolamento sofrendo de uma doença mental não-diagnosticada que se manifestou de formas muito horrendas? Ou os monstros seriam a legião de cineastas que se inspiraram em sua vida e a sensacionalizaram para criar entretenimento e deixar a psique estadunidense mais sombria no processo?”
Hunnam também citou Alfred Hitchcock, que se inspirou em Gein para criar o célebre filme Psicose. “Seria Hitchcock o monstro? Ou somos nós os monstros por estarmos assistindo?”, indagou.
O ator afirmou que as decisões criativas da série foram guiadas por um compromisso com a veracidade, e não com o choque. “Nunca senti que estávamos sensacionalizando algo. Nunca senti no set que o que fizemos foi gratuito ou para chocar, sempre foi uma forma de tentar contar esta história da forma mais honesta possível”, explicou.
O cocriador Ian Brennan compartilha da mesma visão. Segundo o roteirista, o objetivo nunca foi explorar a brutalidade dos crimes, mas retratar um momento importante e perturbador da história norte-americana, incluindo as partes difíceis de assistir. “Não acho que essa temporada seja sensacionalista. Acho que é sensacionalmente boa, mas é um mergulho profundo em um momento muito estranho e importante do século 20”, afirmou.
Brennan ainda lembrou que Ed Gein, um homem solitário e mentalmente doente do interior de Wisconsin, acabou deixando uma marca profunda na cultura pop: “Ed, em seu cerne, é uma história de doença mental.”. Uma das cenas mais comentadas, em que o personagem quebra a quarta parede e fala diretamente com o público, foi pensada justamente para colocar o espectador diante de sua própria curiosidade. “Acho que queríamos realmente levantar a pergunta ‘isso é algo que as pessoas deveriam estar assistindo?’”, propôs.
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Além da nova temporada, as anteriores — dedicadas aos casos dos irmãos Menendez e de Jeffrey Dahmer — seguem disponíveis na Netflix, reforçando o sucesso da antologia e, ao mesmo tempo, reacendendo discussões sobre ética, entretenimento e a fascinação coletiva por histórias de horror real.
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