No fim de outubro, a Amazon Prime Video apresentou ao público Tremembé, uma série que se aprofunda nas entranhas do sistema prisional brasileiro e em trajetórias reais de crimes de grande repercussão nacional. O enredo se desenrola dentro de um presídio famoso por concentrar detentos que ganharam destaque por seus atos — entre eles, Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga.
Mas o centro da narrativa vai além das figuras midiáticas e apresenta personagens com pseudônimos. A série resgata casos reais que chocaram o país, alguns pouco divulgados. Entre eles está o de Poliana, interpretada por Letícia Tomazella, personagem inspirada na criminosa Luciana Olberg, responsável por um dos episódios mais brutais já registrados no Brasil.
Segundo o que é mostrado na trama, Poliana foi condenada a 29 anos de prisão após gravar os abusos sexuais sofridos por suas próprias irmãs gêmeas, de apenas três anos. O crime, ocorrido em 2013, envolveu seu marido, dono de uma academia de boxe, e um aluno com quem o casal mantinha um relacionamento a três. As crianças, embriagadas com tequila colocada em chupetas, foram violentadas e filmadas, e o material compartilhado em fóruns de pedofilia — onde até mesmo criminosos se mostraram horrorizados com a crueldade das imagens.
A prisão de Luciana e dos dois cúmplices só ocorreu quando um dos participantes desses grupos denunciou o caso às autoridades. O episódio teve pouca repercussão na época e só veio a público anos depois, quando o jornalista Ullisses Campbell detalhou o crime no livro homônimo, que serviu de base para a adaptação da série.
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Laços com Suzane von Richthofen
Na produção, a personagem Poliana ocupa um papel discreto, mas seu passado real se entrelaça com o de Suzane von Richthofen. O irmão de Luciana, Rogério Olberg, chegou a se relacionar com Suzane, primeiro por correspondência e depois em um relacionamento assumido publicamente.
Em entrevista à Veja São Paulo, Rogério contou que a aproximação começou a pedido da irmã, com um suposto objetivo “de evangelização”. O romance, iniciado em 2015, terminou em 2020, após Rogério descobrir que Suzane mantinha uma conta secreta com R$ 120 mil. Mesmo assim, a família Olberg tentou manter contato com ela durante o período em que a criminosa planejava publicar uma autobiografia.
Atualmente, Suzane vive em Águas de Lindóia (SP), casada com o médico Felipe Zecchini Muniz, que conheceu em 2023 pelas redes sociais. O casal teve um filho em 2024, e ela passou a usar o nome Suzane Louise Magnani Muniz, unindo o sobrenome da avó materna ao do marido.
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