Na próxima segunda-feira (14/7), começam as inscrições para a Prova Nacional Docente (PND), exame voltado a estudantes no último semestre da graduação e professores já formados. A iniciativa tem o objetivo de unificar os concursos da área e permitir o uso da nota em processos seletivos por todo o país, tanto em estados quanto em municípios.
A pedagoga Suyany Silva, de 27 anos, está se preparando para a prova. Ela decidiu se inscrever pela oportunidade de conquistar uma vaga na área do magistério e pela possibilidade de usar a mesma nota em diferentes estados e municípios que aderiram à PND. “A prova evita que o candidato precise prestar vários concursos. É uma chance real de entrar na carreira pública na educação”, afirma.
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Embora o Distrito Federal ainda não tenha aderido ao exame, Suyany vê com otimismo a participação de cidades vizinhas. “Isso amplia minhas possibilidades, especialmente porque posso conciliar os estudos com outras seleções na área da educação”, conta.
Essa será sua primeira experiência com concursos. Ansiosa, ela se dedica com disciplina: estuda sozinha, assiste a vídeo aulas gratuitas no YouTube e investe em cursos online. “Tenho muito carinho pela educação pública e espero contribuir com minha formação e dedicação para fazer a diferença na vida dos alunos”, diz.
O Ministério da Educação informou que 22 estados e mais de 1.500 municípios já aderiram à Prova Nacional Docente.
Dica do especialista para a Prova Nacional dos Docentes (PND)
William Dornela, professor do preparatório para concursos Os Pedagógicos, compara o PND ao Enem, já que ambos possibilitam o aproveitamento da nota em diversas instituições. A diferença é que, nesse caso, o resultado pode ser usado para ingressar em concursos públicos voltados à docência.
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Segundo ele, o diferencial da PND em relação a concursos tradicionais está no conteúdo cobrado. “Os certames públicos costumam ter um viés muito técnico, com temas pouco aplicáveis na prática docente. Já o PND prioriza conteúdos usados no cotidiano do professor”, explica. “A estrutura de correção também é diferente, nesse caso.”
Dessa forma, o exame não aborda língua portuguesa, matemática ou informática, mas sim disciplinas da graduação. Além da prova objetiva, também há uma redação — modelo semelhante ao do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
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Diferenças entre o PND e o CNU
Para William Dornela, a principal diferença entre a Prova Nacional Docente e o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) está no foco: enquanto o CNU abrange áreas diversas e tem caráter mais generalista, o PND é exclusivo para professores, com ênfase no exercício da docência.
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Para quem pretende participar, o professor recomenda: “Monte um cronograma de estudos, revise os tópicos descritos nas portarias, treine questões no estilo INEP e comece a se preparar o quanto antes”.
A prova contará com 81 questões objetivas e uma discursiva. As inscrições poderão ser feitas a partir de segunda-feira (14/7) no site do INEP. O resultado poderá ser utilizado em concursos públicos de redes que aderiram ao PND pelo prazo de três anos — sem limite de uso dentro desse período.
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