Música

Hariel lança novo álbum e celebra Zaori, sua nova produtora.

Em entrevista ao Correio, o cantor falou sobre como foi lançar o projeto 'Eh Noiz Ki Tá' e também sobre o lançamento de sua nova produtora, Zaori

Mc Hariel lança novo álbum e também estreia nova produtora música
 -  (crédito: Divulgação / Amanda Adász (@adaszz))
Mc Hariel lança novo álbum e também estreia nova produtora música - (crédito: Divulgação / Amanda Adász (@adaszz))

MC Hariel vive um momento duplo e simbólico em sua trajetória. Aos 27 anos, o artista, que transformou o funk em um instrumento de resistência, lança Eh Noiz ki Tá, um álbum que celebra a origem do gênero e a potência coletiva. Ao mesmo tempo, inaugura a Zaori, sua produtora cultural sediada em São Paulo, voltada para formar e apoiar jovens talentos da periferia.

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Mais do que uma fase criativa, os dois movimentos reforçam uma ideia central: o funk não é só música, mas também ferramenta de transformação, memória e futuro.

O álbum: conexão com a rua e celebração da caminhada

Depois de projetos mais conceituais, que falavam sobre funk superação e alma imortal, Hariel quis retomar um contato direto com as ruas que moldaram sua identidade. Em entrevista exclusiva ao Correio, o cantor falou sobre o álbum e a produtora nova.

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“Minha carreira estava ficando muito séria, muito conceitual. Então eu quis trazer mais normalidade, mais conexão com a rua e com os jovens que acompanham o funk. Mas é impossível a gente fazer algo sem a nossa estética, sem a nossa ‘picadilha’. É sempre um jeito diferente. Então, Eh Noiz ki Tá é isso: inovar fazendo o que gostamos”, explica Hariel.

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O álbum reúne 15 faixas produzidas por nomes como Nagalli e DJ Murilo LT e feats com cantores de fank, trap e pagode. O artista reforça que as parcerias vieram de forma natural, algo que fluiu naturalmente: “Eu chamei quem estava no meio do caminho, de coração aberto, somando com a gente. Não teve reunião para decidir feat, foi quem estava junto, na mesma intensidade.”

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Entre os convidados estão Kayblack, Ferrugem, MC Cabelinho, Rael, Major RD, Ajuliacosta, Neguinho da Kaxeta, entre outros. Para Hariel, trazer artistas de outros estilos para cantar funk é parte da riqueza do projeto: “É muito da hora ver o Ferrugem, o Rael, essa rapaziada, no nosso universo. Não é só a gente que precisa ir até o ritmo deles, é legal quando eles vêm cantar o nosso, trazer mais lírica, mais potência pro funk. Essa foi a ideia.”

O título do disco resume o momento: orgulho e celebração.

“Às vezes a gente olha só pro que ainda não aconteceu e esquece de comemorar o que já conquistamos. Eh Noiz ki Tá é isso também: olhar pra trás e falar ‘olha quanta coisa foda nós já fizemos’. É uma comemoração da caminhada”, diz o cantor.

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Um dos momentos mais especiais do álbum foi incluir o filho, Jorge, em uma faixa: “Eu já tinha 14 músicas prontas, mas ainda faltava uma. No estúdio, pedi pra cada um falar o que queria pro mundo. No fim, mandei um áudio pra minha mulher pedindo pra gravar o Jorge falando também. Entrou na música. Foi o primeiro feat de muitos, se Deus quiser.”

A Zaori: lapidar talentos e transformar vidas

Enquanto o álbum se conecta às raízes, a Zaori aponta para o futuro. A produtora cultural, inaugurada em julho, nasce como um espaço para dar suporte real aos jovens da periferia.

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O nome da produtora carrega um grande simbolismo. Inspirado na tribo folclórica do sul Zaori, que, segundo a lenda, tem o dom de enxergar riquezas escondidas na terra sem poder usá-las para benefício próprio. Hariel explica que um Zaori é como um detetive da riqueza, que encaminha ela pro lugar certo. “Tem tudo a ver com nossa missão: encontrar talentos, lapidar e dar direção. Ser um espaço em que o MC consiga de fato encontrar seu caminho.”

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Hariel diz que já vem estudando o projeto há anos: “A gente estudou vários formatos e desenhou esse modelo da Zaori, que foca em artistas que estão começando. Aqui, o moleque tem assessoria contábil, assessoria jurídica, coisa que faltou muito pra mim. Tive vários problemas com imposto de renda, com contrato, por não ter essa orientação. Então quero formar profissionais, não só artistas”.

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Além da parte musical, a Zaori já planeja oficinas gratuitas de canto, dança, iniciação musical e até saraus semanais.“Queremos criar um espaço em que, antes de ir pro baile, pro pagode, o jovem possa vir recitar uma poesia, cantar uma música. Mostrar que festa também pode ser informação. A ideia é mudar o entorno e ampliar horizontes.”

 

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postado em 04/09/2025 12:34 / atualizado em 04/09/2025 14:01
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