CANDANGÃO

Que venham as bodas de ouro: era profissional do Candangão chega à edição 50

Premiação milionária e reunião de campeões: a principal competição do Distrito Federal entra em cena a partir de amanhã, com a 50ª edição profissional. Conheça os 10 times candidatos ao título e saiba o que esperar de cada um no torneio local

 14/01/2025 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Esportes. Lançamento Oficial do Candangão 2025. Taça do Candagão 2025.  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
14/01/2025 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Esportes. Lançamento Oficial do Candangão 2025. Taça do Candagão 2025. - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O Campeonato Candango é um casamento que deu certo entre clubes e a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). A certidão de matrimônio do principal torneio da capital atesta para 50 edições profissionais em 2025. Entre 1964 e 1975, houve flerte para qualificar a disputa, mas sem êxito. O "sim" veio, mesmo, em 1976. O que o gramado uniu ninguém ousou separar. Nesta temporada, a competição comemora as bodas de ouro com o rótulo de uma das principais regionais do país.

Não há exagero. Basta olhar para a premiação reservada ao campeão: R$ 1,2 milhão. A bolada fica atrás somente do valor pago ao vitorioso do Paulistão — R$ 5 milhões. No Distrito Federal, vice, terceiro e quarto colocados também são recompensados, com R$ 400 mil, R$ 250 mil e R$ 150 mil.

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Presidente da FFDF, Daniel Vasconcelos destaca a organização para 2025. "É algo que nos orgulha muito. Temos muito cuidado e zelo para fazer as coisas com transparência e da melhor maneira para todas a partes", comenta. O dirigente comemora a divulgação da tabela completa, incomum nas edições passadas. "Ajustamos todos os detalhes para levar mais público aos estádios, ter mais organização", completa.

O 50º desfile é uma reunião de campeões. Cinco dos 10 envolvidos ostentam, pelo menos, um troféu. O número é maior do que o da edição anterior, quando Brasiliense, Ceilândia, Gama e Real Brasília subiram o sarrafo. Agora, são 31 taças reunidas, com o retorno do Sobradinho, vitorioso em 1985, 1986 e 2018. Capital, Ceilandense, Legião, Paranoá e Samambaia ensaiam o primeiro reinado.

A maioria dos times honrará às raízes. O Gama jogará no Bezerrão. O Brasiliense segue no Serejão. O Capital estreita laços com o Estádio JK. O Real Brasília aposta no Defelê, na Vila Planalto, enquanto o Samambaia tem como cancha o acanhado Rorizão. O Ceilândia é fiel ao Abadião. Ceilandense, Legião, Paranoá e Sobradinho são os deslocados. O time da região mais populosa do DF dividirá campo com o Brasiliense.

Cenário semelhante para o Legião, inquilino no Gama. O Estádio Defelê será o mais utilizado. Além dos jogos do Real Brasília como mandante, estenderá o tapete verde para Paranoá e Sobradinho. Assim como em 2024, não haverá partidas em estádios de Goiás, como o Serra do Lago, em Luziânia, e o Diogão, em Formosa.

Pela terceira vez em 24 anos, o Candangão terá somente times nascidos no DF. Pode soar estranho, mas é isso mesmo. A disputa costuma abrir portas para equipes de Goiás e de Minas Gerais.

Mas nem tudo são flores. Há pontos sensíveis, como a manipulação de resultados em meio à febre das casas de apostas on-line. Em 2024, o Santa Maria foi vítima ao entregar a gestão a William Rogato, o autointitulado "Rei do Rebaixamento". Ele cooptou jogadores e orquestrou quatro goleadas sofridas, como o 6 x 0 para o Ceilândia e o 5 x 0 diante do Gama. O clube caiu para a segunda divisão. É aí que entra a tecnologia do árbitro de vídeo, a partir das semifinais. O recurso custa R$ 40 mil por jogo, o que o impossibilita de ser utilizado na primeira fase.

Confira detalhes sobre as equipes participantes

*Estagiários sob supervisão de Marcos Paulo Lima 

Arthur Ribeiro*
AR
Danilo Queiroz
DQ
Gabriel Botelho*
Mel Karoline*
Victor Parrini
postado em 17/01/2025 04:00
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